domingo, 13 de dezembro de 2009

Capítulo 2_ A conversa


Karen alcançou o telefone que ficava em cima de uma mesinha de madeira rara, no canto esquerdo da sala. Suas mãos estavam trêmulas, pensou em ligar para a policia, mas seu gato Spence, miava incansavelmente em protesto. Pensou melhor e resolveu sentar-se no sofá, espiou desconfiada pela janela do cômodo, o silencio permaneceu como estava.



Derrepente Spence, o gato, deu um salto pela janela que estava meio aberta e Karen escutou algo estranho, pareciam ser duas pessoas falando no seu quintal. Ela se abaixou e espiou pela abertura quando viu seu gato conversando com aquele rapaz que tinha aparecido em seu trabalho. Karen suspirava ofegante.


_ ”Não pode ser devo está sonhando ou enlouquecendo.” Então a jovem moça esfregou os olhos e balbuciou a cabeça pelo menos duas vezes. Resolveu permanecer intacta a fim de escutar o que aquele homem falava com seu gato, mesmo não acreditando no que seus olhos viam.


_“Ryan meu grande amigo morcegão chupador de cabritas da fazenda do velho Chico.(Risos)”


_” Ora, Spence não seja tolo!Você não mudou nada seu pulguento.”


_” Miauuuuu que isso Ryan! Também não ofenda assim! Não é para tanto eu tenho pedigree.”


_” Certo Spence, chega de conversas tolas. Quero saber, como esta minha rainha ?”


_”Ela está bem. Crescida e uma linda mulher. Estive acompanhando essa menina desde criança. Já estou com ela a muitos anos desde a adolescência. Eu tomo conta dela para você o tempo todo rapaz, fique tranqüilo.”


_” Sim. Mas Spence ela corre perigo meu amigo nós temos que tirar ela daqui de alguma maneira. Por favor fale com ela sobre isso diga para deixar que eu entre você, sabe que sou amigo e não venho fazer nem um mal, por favor!”


_”Que isso rapaz! Enxugue essas lágrimas morcegão.Você tem que ter calma, eu lhe disse que seria difícil.Você tem que entender que Lucy, hoje é uma simples mortal e não se lembra de nada.”


_”Sim, você disse tudo. Eu vou ter calma e tentarei ter um pouco mais de paciência. Se as almas dos meus demônios deixarem eu te-la. Agora Spence e você porque não volta a ser aquele mago que todo mundo conhecia de sempre? Você sabe que pode se transformar até num gato de raça (Risos).”


_” Miauuuu!” O gato se arrepiou colocando suas garras de fora.


_”Não me provoque Ryan, eu ainda tenho dentes de alho guardados, posso usar contra você.


De dentro da casa, Karen espiava tudo em silêncio, até que esbarrou em uma jarra que estava em uma mesinha que caiu se espatifando e gerando um forte barulho.


_” Droga !!!” Sussurrou a moça de dentro da casa.


_” Escute rapaz, acho que Lucy estava ouvindo nossa conversa. Agora até eu ficarei do lado de fora. E se isso acontecer eu matarei você. Ficar no frio, sem leite morno e atum não eram coisas que estavam nos meus planos!”


Karen deixou escapar um leve sorriso de seus lábios. Para a moça tudo parecia confuso mais ao mesmo tempo, seu coração sabia algo daquela louca história, só não conseguia se recordar de onde. O gato deu as costas e entrou pela porta dos fundos. A doce moça já estava deitada e dormia em um sono profundo. Ryan preferiu esperar queria muito conversar com a moça, entretanto sabia que aquele não era o momento.

1 comentários:

Fabi disse...

Estão de parabéns,estou adorando seu conto ♥

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